da Agência iNFRA
O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) concluiu a energização do Linhão Manaus–Boa Vista, integrando o estado de Roraima ao SIN (Sistema Interligado Nacional). Até então, Roraima era o único estado brasileiro não conectado à rede nacional. A interligação reduz o uso de usinas termelétricas, diminui as emissões de CO2 e fortalece a segurança e a estabilidade do sistema elétrico.
“Entre os benefícios percebidos diariamente estão o controle de fluxo das linhas que atendem os estados do Amazonas e Roraima, garantindo uma maior estabilidade, o que representa mais segurança energética e operacional”, afirmou o diretor-geral do ONS, Marcio Rea.
De acordo com o diretor de Operação do ONS, Christiano Vieira, as vantagens da integração já se mostraram em situações recentes. No último mês, duas ocorrências – a indisponibilidade de linhas de transmissão no Pará e a baixa pressão no fornecimento de gás em Manaus – evidenciaram o ganho de confiabilidade do sistema. “Com a interligação, foi possível elevar a geração em cerca de 55 MW nas usinas do Sistema Roraima, controlando o fluxo nas linhas de transmissão”, explicou.
Com 724 quilômetros de extensão, em circuito duplo de 500 kv, a linha completa o mapa energético brasileiro, que ultrapassa 170 mil quilômetros de linhas de transmissão. O empreendimento recebeu cerca de R$ 3,3 bilhões em investimentos e envolveu a construção de 1.390 torres, ligando a subestação Eng. Lechuga, em Manaus (AM), à subestação Boa Vista, em Roraima, atravessando nove municípios.
A interligação também amplia o espaço para fontes renováveis, garantindo que a energia sustentável – já abundante em outras regiões – chegue a Roraima, promovendo mais equilíbrio e eficiência ao sistema elétrico nacional.






