Lais Carregosa, Geraldo Campos Jr. e Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA
O leilão do GSF (sigla para risco hidrológico) terminou na manhã desta sexta-feira (1º) com oito lances vencedores em apenas uma rodada, que somam R$ 1,4 bilhão, com ágio de 66,3%. Ao todo, os passivos do GSF somam R$ 1,1 bilhão, mas só R$ 840 milhões participaram do certame. Não houve etapas adicionais. Os vencedores foram Cemig, Eletronorte (Eletrobras), Rio Paranapanema (CTG Brasil), Santa Fé (Statkraft) e Arcelor JF (ArcelorMittal).
Arremataram títulos as seguintes empresas e empreendimentos:
- Rio Paranapanema: UHE Capivara – R$ 657,7 milhões;
- Rio Paranapanema: UHE Chavantes – R$ 295,1 milhões;
- Eletronorte: UHE Coaracy Nunes – R$ 14,4 milhões;
- Cemig: UHE Queimado – R$ 94,2 milhões;
- Santa Fé: PCH Francisco Gros – R$ 24,8 milhões;
- Cemig: UHE Irapé – R$ 102,9 milhões;
- Cemig: PCH Pai Joaquim – R$ 18,8 milhões;
- Arcelor JF: UHE Guilman-Amorim – R$ 193,2 milhões (esse foi um lance marginal, ou seja, pode não ser atendido por completo).
Ao todo, foram negociados 84.236 títulos. O preço mínimo por título era de R$ 10 mil. O maior ágio foi ofertado pela Rio Paranapanema com a UHE Capivara, com lance de R$ 21.230 por título.
O certame foi realizado em meio a incertezas sobre a possível alteração de um parâmetro importante para a atratividade do mecanismo, a taxa de desconto ou WACC, que será analisada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) na próxima terça-feira (5).
O leilão tem como objetivo encerrar um passivo judicial sobre o GSF de R$ 1,1 bilhão no MCP (Mercado de Curto Prazo) em função de liminares obtidas por geradores. Esse valor se refere ao passivo das usinas menores, as chamadas CGHs. Contudo, nem todas as usinas com passivos participaram do certame, portanto, o passivo não foi zerado.








