14/10/2025 | 19h49  •  Atualização: 15/10/2025 | 18h13

Minerais críticos não podem trazer ‘novo colonialismo’, diz Ibram

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA

O presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (14) que a exploração das reservas de minerais críticos, demandados pela transição energética, não pode trazer um “novo colonialismo” para o Brasil. Segundo ele, esse segmento da atividade mineral deve assegurar benefícios econômicos e sociais, além de minimizar impactos ambientais.

“Nós não queremos um novo colonialismo”, destacou Jungmann. “Isso não pode, de forma nenhuma, significar a volta ao passado onde determinados grupos lucram efetivamente com aquilo que a mineração tem a dar, mas isso não se distribuiu de forma equitativa em ganhos para a sociedade”, completou o presidente da entidade, em debate na Comissão Especial sobre Transição Energética e Produção de Hidrogênio Verde, da Câmara dos Deputados.

Durante a discussão, Jungmann elogiou diversos pontos do PL (Projeto de Lei) 2.780/2024, do deputado Zé Silva (Podemos-MG), sobre a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos. Ele citou o estímulo econômico à exploração desses minerais, o apoio à classe de empresas chamadas de “junior mining”, preocupações com previsibilidade para o negócio, criação de regime especial de infraestrutura para segmento e definição de 0,4% dos ganhos para investimentos em inovação.

Como principais desafios do país, Jungmann mencionou o fato de apenas 27% do território nacional ter sido mapeado do ponto de vista geológico nos últimos 50 anos e, na regulação, demorar mais de cinco anos para os projetos de mineração entrarem na fase de exploração.

Jungmann reconheceu que o setor convive com um “déficit” de imagem, se considerar o histórico de tragédias com rompimento de barragens de rejeitos e casos de degradação do meio ambiente. Ao finalizar a participação na audiência, Jungmann reforçou a preocupação de reverter esse quadro também em relação aos minerais críticos.

“Nós temos que ter um compromisso socioambiental. Não podemos pensar numa transição justa e equitativa que não seja de fato uma transição que traga benefícios para todos, que tenha cuidados e preocupação com a natureza”, ressaltou o presidente do Ibram.

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