da Agência iNFRA
No painel “Aliança pela Infraestrutura: Perspectivas Setoriais”, durante o evento de lançamento do MoveInfra, na última quinta-feira (8), os participantes debateram os principais gargalos do setor de transportes e soluções para fomentar os modais, sempre alinhados à inteligência e convergência de pautas.
A MoveInfra é uma iniciativa de cinco grandes companhias de infraestrutura – CCR Rodovias, EcoRodovias, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo –, com projetos em diferentes setores, de se juntarem num movimento em prol da melhoria do ambiente de negócios no Brasil.
A Aliança pela Infraestrutura reúne Melhores Rodovias do Brasil – ABCR (Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias), ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários) e ABR (Aeroportos do Brasil).
Marco Aurélio Barcelos, presidente da ABCR, explicou o que é a Aliança “É um acordo de cooperação técnica entre as entidades [para] intercambiar informações e de ter uma pauta comum”, declarou.
Entre os temas que o pool vem tratando, estão a segurança jurídica e a previsibilidade. “É isso que desejamos de nossos reguladores”, disse Marco. Para ele, é importante que os projetos rodoviários em andamento sejam continuados, como política de estado e não com viés ideológico. “É preciso avançar nas medidas necessárias para que possamos gerar empregos no mais curto tempo possível”, declarou.
As mudanças implementadas no setor ferroviário foram lembradas pelo diretor-executivo da ANTF, Fernando Paes. “Nunca se falou tanto em ferrovia. O modal ferroviário, hoje, é uma política de Estado”, declarou. Com otimismo, Paes destacou as boas perspectivas do setor para o próximo ano, apostando na manutenção dessa política, que envolve o programa de renovações antecipadas.
Como exemplo, Paes lembrou da renovação antecipada da Malha Paulista, que nos próximos 30 anos investirá R$ 6 bilhões em obras, trilhos, vagões e locomotivas. Ele também lembrou da renovação das concessões das ferrovias da Vale e da MRS.
Para Jesualdo Silva, presidente da ABTP, apesar dos avanços, os portos brasileiros ainda necessitam de melhorias, principalmente em relação à administração. “O Brasil passa pelos portos. O agro escoa 100% da sua produção em navios. Necessitamos de ações transversais, mas temos que observar, também, as peculiaridades de cada modal”, declarou.
A queda do setor aeroviário por conta da pandemia foi destacada pelo presidente da ABR, Fábio Rogério Carvalho. Apesar da recuperação, o executivo lembra do gap que foi perdido em dois anos, aliado aos altos custos de insumo.
“O Brasil precisa voltar a voar. Nosso modal encurta o tempo entre as distâncias, e, por meio da convergência de pautas, vamos fazer com que nosso segmento seja uma opção viável aos brasileiros. Nossos aeroportos estão prontos”, declarou Fábio.