09/11/2024 | 12h00  •  Atualização: 08/11/2024 | 05h47

Ordem do TCU sobre política de preços da Petrobras não trará mudanças, diz Abicom

Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA

Determinação do TCU (Tribunal de Contas da União) para Petrobras sobre a ECDG (Estratégia Comercial do Diesel e da Gasolina) não trará mudanças no atual modelo, disse Sergio Araujo, presidente da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). 

Na visão da associação, o PPI (Preço de Paridade Internacional) ainda deveria ser considerado pela petroleira na formação dos preços. Isso porque “o Brasil tem déficit estrutural na produção dos principais combustíveis derivados do petróleo, e a alternativa para os clientes (distribuidoras) é a importação”.

A criação de uma norma interna com critérios objetivos tende a dar mais transparência e proteger gestores e o Conselho de Administração, avaliou a Abicom em nota. Contudo, não terá impacto no mercado, uma vez que o TCU não identificou nenhuma inconformidade na atual política. 

O PPI foi extinto pela Petrobras em maio de 2023 com o intuito de “abrasileirar” os preços dos combustíveis. Desde a ocasião, poucos ajustes foram anunciados pela estatal. Atualmente, segundo cálculos da Abicom, os valores cobrados pela estatal para a gasolina e diesel estão defasados em média 5% e 7%, respectivamente, na comparação com o PPI.

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