Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A Petrobras comunicou ao mercado nesta quarta-feira (4) que apresentou declaração de interesse em nove blocos exploratórios no mar da Costa do Marfim, o que foi aprovado pelo governo do país africano. O objetivo é garantir exclusividade na negociação dos contratos, próxima etapa da investida.
O movimento vem após a aprovação do conselho da estatal para investimentos em exploração e produção na Costa do Marfim, Namíbia e Índia na última sexta-feira (30). Isso visa criar alternativas para a reposição de reservas da estatal em contexto de dificuldade de obtenção de licenças ambientais para atuar em novas fronteiras exploratórias no Brasil, caso da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial.
“A Petrobras destaca que a decisão de enviar a declaração de interesse ao governo da Costa do Marfim está em linha com sua estratégia de longo prazo, que visa à recomposição das reservas de óleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras, tanto no Brasil quanto no exterior”, diz a empresa no comunicado.
Outros países
Em março, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e parte de sua diretoria tiveram reuniões com outras petroleiras e autoridades não só da Costa do Marfim, mas também da Namíbia, para discutir eventuais parcerias. Antes, em fevereiro, a Petrobras assinou MOUs (memorandos de entendimento) com estatais da Índia para colaboração em várias atividades, entre as quais exploração e produção de petróleo e gás.
No ano passado, a Petrobras comprou 10% de participação em um bloco operado pela francesa TotalEnergies na África do Sul, na Bacia do Orange, uma das principais fronteiras exploratórias do mundo. Essa bacia se estende até o litoral da Namíbia, onde a Petrobras disputa com outras multinacionais a aquisição de até 40% do megaprojeto Mopane, da portuguesa Galp.
