26/09/2025 | 20h32  •  Atualização: 30/09/2025 | 09h29

Petrobras pode suprir mercado do Rio após interdição da Refit

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA

O diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) Pietro Mendes afirmou que a interdição da Refinaria de Manguinhos, do grupo Refit, no Rio de Janeiro, não vai trazer dificuldades de abastecimento para o estado. Segundo Mendes, a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), da Petrobras estava enviando combustível para outros estados do país e produz volume suficiente para substituir a Refit na região.

Mendes falou em entrevista coletiva sobre a segunda fase da operação “Cadeia de Carbono”, que apreendeu R$ 290 milhões em diesel importado por meio de dois navios, no litoral do Rio e de Santos (SP), nesta sexta-feira (26).

Segundo o diretor, antes da operação de fiscalização que culminou na interdição da unidade, a ANP chegou a fazer uma análise prévia do mercado e conversar com executivos da diretoria de Comercialização e Logística da Petrobras, que deram garantias sobre a capacidade de suprir o mercado fluminense. Segundo dados da ANP e fontes de mercado, distribuidoras ligadas à Refit já alcançavam 28% do mercado de gasolina do Rio de Janeiro, por exemplo.

“Nós conversamos com a Petrobras e com a nossa área interna, que fez uma avaliação prévia. A Reduc tem condições de suprir o mercado de combustíveis no Rio de Janeiro porque estava exportando para fora do estado e, até porque, essa rede [Refit] entregava para distribuidoras que repassavam a postos de bandeira branca, que podem agora adquirir produto da Petrobras”, disse Pietro.

O diretor-geral da ANP, Artur Watt, lembrou que, quando a ANP realiza suas operações, sempre avalia seus impactos. “Obviamente os ilícitos têm de ser combatidos. Mas temos um quadro bem claro, de que não há impacto no abastecimento. Existem estoques para suprimento no Brasil como um todo, e isso [interdição da Refit] não vai impactar o abastecimento”, afirmou.

Em nota, o ICL (Instituto Combustível Legal), organização financiada pelas grandes distribuidoras do país (Vibra, Raízen e Ipiranga), além de Petrobras e outras empresas, disse considerar que a interdição cautelar da Refinaria de Manguinhos não representa risco de desabastecimento de combustíveis no país.

Posição da Refit
Em nota, a Refit disse que recebeu a notícia da interdição pela ANP com “surpresa e indignação”, e afirmou que jamais atuou como empresa de fachada para atividades ilegais, possuindo “histórico comprovado de atividades legítimas no mercado”. A empresa também diz que seu crescimento tem “incomodado” concorrentes

“Apesar de todos os esclarecimentos prestados à ANP durante o processo de inspeção feita pelos fiscais, a administração da companhia não teve acesso às condicionantes estabelecidas pela ANP para a retomada regular das operações”, diz na nota.

Segundo a empresa, tão logo tenha acesso à notificação oficial de interdição, ela pretende demonstrar, nos autos do processo administrativo da ANP, que “não há justificativa razoável” para a paralisação total das atividades. “A Refit também não medirá esforços para reverter a decisão arbitrária e seguir sua trajetória de crescimento acelerado no mercado, que tanto tem incomodado a concorrência”, continua a Refit.

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