Geraldo Campos Jr., da Agência iNFRA
O 3° Ciclo da Oferta Permanente de Partilha, realizado nesta quarta-feira (22) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), teve cinco dos sete blocos do pré-sal em oferta arrematados. A arrecadação em bônus de assinatura para o governo foi de R$ 103,7 milhões, contratando R$ 451,5 milhões de investimento mínimo na fase de exploração. Os ágios em excedente de óleo ofertado à União atingiram 251%.
A Petrobras saiu vencedora de dois blocos: Citrino e Jaspe, ambos na bacia de Campos. O primeiro, de forma individual, e o segundo em consórcio com a Equinor, que terá 40%, sendo a estatal a operadora com 60%. No caso de Jaspe, houve competição com o consórcio formado pela Chevron e a Qatar Energia, que ofereceu menor volume excedente em óleo.
A norueguesa Equinor conquistou o bloco de Itaimbezinho, em Campos. Já o consórcio formado pelas chinesas CNOOC (operadora) e Sinopec levou Ametista, na bacia de Santos. Uma das novidades do leilão foi a petroleira Karoon, que disputou pela primeira vez um leilão do pré-sal e saiu vencedora com o bloco Esmeralda.
Os blocos Ônix e Larimar, ambos na bacia de Campos, não receberam oferta.
Próximo ciclo
Segundo a diretora da ANP Symone Araújo, esses dois blocos não arrematados já serão automaticamente incluídos no próximo ciclo da oferta permanente de partilha, para o qual está prevista a licitação de outros 16 blocos, a depende de manifestação conjunta do MME (Ministério de Minas e Energia) e MMA (Ministério do Meio Ambiente).
O diretor-geral da ANP, Artur Watt, explicou que ainda não há um cronograma previsto para o 4° de partilha, mas cogitou a possibilidade de realização no próximo ano visando a manter um cronograma de leilões anuais e ter uma continuidade dos programas exploratórios.
