O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai financiar R$ 286 milhões para a Concessionária Águas da Imperatriz expandir e modernizar o sistema de abastecimento de água e implantar o primeiro sistema de esgotamento sanitário de Teresópolis (RJ).
A cidade, localizada na Serra Fluminense, a 94 quilômetros do Rio de Janeiro (RJ), atualmente não tem tratamento coletivo de esgoto.
O apoio será composto por R$ 250 milhões em debêntures incentivadas, coordenadas pelo próprio BNDES, R$ 31 milhões do programa EcoInvest e R$ 5 milhões da linha de saneamento do BNDES Finem — o que representa 48,2% do valor total do projeto.
Além do banco de fomento, outros R$ 250 milhões foram levantados no mercado por meio da emissão de debêntures, com a participação de 11 gestoras e 274 fundos.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o investimento soluciona um problema histórico do município. “Esse investimento permite solucionar um problema histórico de lançamento de efluentes sem tratamento nos rios que cortam o município. É um projeto crucial para o desenvolvimento sustentável, com ganhos à saúde e à qualidade de vida da população”, disse.
O sistema prevê a construção da primeira Estação de Tratamento de Esgoto de Teresópolis, no Distrito Sede, e da ETE Lebrão, com capacidade de 25 litros por segundo. A principal unidade, prevista para 2027, terá vazão média de 300 litros por segundo e utilizará tecnologia biológica sem produtos químicos, com menor custo de operação, consumo de energia reduzido e eliminação de odores —exigindo até 75% menos área do que sistemas convencionais.
A meta contratual é atingir 70% de cobertura de coleta e tratamento de esgoto até 2029, podendo chegar a 76,5%.
O projeto também inclui a instalação de 85,2 quilômetros de redes coletoras, 25 Estações Elevatórias de Esgoto e 4.320 novas ligações. A cidade também ganhará um Centro de Controle Operacional, um Laboratório Operacional de Esgoto e uma nova sede para a concessionária.








