Nestor Rabello e Leila Coimbra, da Agência iNFRA
O senador Dário Berger (MDB-SC) será o novo presidente da CI (Comissão de Infraestrutura) do Senado, como parte de novas negociações em torno do comando das comissões permanentes. A indicação foi confirmada pelo parlamentar à Agência iNFRA.
“É uma honra para mim. Isso me deixa muito orgulhoso e me dá a possibilidade de fazer um grande trabalho. É uma grande oportunidade para crescer e ajudar o Brasil, no sentido de agilizar o que for possível em colaboração com o governo”, disse.
Novo desenho
O comando da CI também estava sendo disputado pelo PSD, com o senador Carlos Viana (PSD-MG) como o nome favorito para comandar a comissão.
Porém, um novo acordo entre as bancadas garantiu o colegiado ao MDB e Viana foi remanejado para a presidência da CAS (Comissão de Assuntos Sociais).
A nova configuração das Casas segue o esforço do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), de reacomodar o MDB nas comissões, depois que a legenda passou a reivindicar o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Como maior bancada do Senado, o MDB tradicionalmente teria o direito de ter a presidência da CCJ. Mas a posição, hoje, é disputada pelo antecessor de Pacheco, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O PSD e o MDB foram legendas que contribuíram para a eleição de Pacheco. Os senadores emedebistas, inclusive, apoiaram a campanha de Pacheco, em vez da correligionária Simone Tebet (MDB-MS), que foi derrotada.
Comissões na Câmara
Na Câmara dos Deputados, ainda há indefinição quanto ao comando das principais comissões permanentes.
No caso da CCJ, a indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) ainda está incerta, uma vez que o nome da parlamentar gerou polêmica. O deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG) deve disputar o posto com uma candidatura avulsa.
Já no caso da CME (Comissão de Minas e Energia) também há incertezas. O PL reivindica a liderança do colegiado, baseado em acordo da legislatura anterior. Mas como a comissão não funcionou no ano passado, por conta da pandemia, os acordos ainda estão em curso.