25/06/2025 | 11h56  •  Atualização: 25/06/2025 | 20h22

CNPE decide aumentar mandato de etanol para 30% e de biodiesel para 15%

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Lais Carregosa e Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu nesta quarta-feira (25) aumentar o percentual de mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina de 27% para 30% e de biodiesel no diesel fóssil de 14% para 15%. O tema foi discutido em reunião do colegiado no MME (Ministério de Minas e Energia), com participação do presidente Lula.

Segundo o secretário de petróleo e gás do MME, Pietro Mendes, o aumento do mandato de etanol anidro de 27% para 30% na gasolina vai tornar o país autossuficiente no produto, abrindo espaço para exportação e para uma redução inicial de R$ 0,11 no litro da mistura vendida ao consumidor, que cairia dos atuais R$ 6,17 para R$ 6,06. Segundo Pietro, esse preço na bomba ainda poderá ficar abaixo dos R$ 6,00 por litro.

“Mantido o atual nível de produção nacional de gasolina, o país deixa de ser importador líquido e gera um excedente exportável de 700 milhões de litros de gasolina por ano”, disse Pietro no evento “O Combustível do Futuro Chegou”, realizado após a reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).

O secretário afirmou que essa virada de chave no mercado de combustíveis protege o país de volatilidades externas, como a escalada no PPI (Preço de Paridade de Importação) dos derivados na esteira da guerra no Oriente Médio.

Diesel
Segundo Pietro, no caso do diesel, o aumento da mistura de 14% para 15% deve ter efeito quase nulo nos preços, de R$ 6,12 por litro para R$ 6,11.

O cronograma da mistura obrigatória de biodiesel já previa o mandato de 15% a partir de março. Contudo, diante da escalada no preço do biocombustível e de relatos de fraudes na mistura, a implementação da medida foi adiada.

Nesta quarta-feira (25), Pietro disse que o MME realizou reuniões bimestrais para acompanhamento do mercado e que aumentou as fiscalizações da mistura. De acordo com ele, cinco distribuidoras foram interditadas de forma cautelar por “movimentação irregular de combustíveis”.

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