Lais Carregosa, da Agência iNFRA
O crescimento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) tem invertido o sinal dos reajustes tarifários em 2025, levando a um aumento de tarifa para os consumidores, no lugar de redução. A afirmação é da diretora da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) Agnes Costa, em reunião de diretoria nesta terça-feira (17).
Agnes relatou o reajuste da Copel Distribuição, de aumento médio de 2,02% a partir de 24 de junho. Caso não houvesse aumento da CDE, o reajuste seria negativo, com efeito médio de redução tarifária de 3,74% aos consumidores. Segundo Agnes, o impacto da CDE sobre o reajuste foi de 5,79%.
“Temos falado insistentemente aqui sobre a necessidade de revisão da estrutura da CDE, dos itens de custeio, e sabemos que o Congresso vai passar por esse debate de novo, à medida que vai analisar a MP [Medida Provisória] 1.300”, afirmou a diretora.
“Já nos posicionamos aqui favoravelmente ao destino mais nobre da CDE que é a Tarifa Social, então à nova política do Ministério de Minas e Energia traduzida na [MP] 1.300. Mas talvez precise vir esse alerta de que à medida que colocamos mais despesas dentro da CDE, cabe uma reflexão do que podemos retirar da CDE, ou seja itens que eventualmente possam deixar de ser custeados porque, no fundo, é uma conta que está ficando cada vez mais cara e pesando muito sobre as tarifas”, declarou.