Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A petroleira norueguesa Equinor informou nessa segunda-feira (22) a conclusão de um primeiro trecho, de 15 quilômetros em águas rasas, do gasoduto de seu projeto Raia.
Em julho, a Equinor recebeu do Ibama a licença para instalação da estrutura, agora em franca construção. A instalação do trecho de águas rasas durou cerca de dois meses. As equipes do projeto seguirão para a instalação do trecho terrestre do gasoduto, que terá cerca de quatro quilômetros até se conectar à malha de transporte de gás, em Macaé (RJ).
O gasoduto Raia terá 200 quilômetros para ligar o navio-plataforma (FPSO) instalado no bloco BM-C-33, na Bacia de Campos, ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ). O início da operação está previsto para 2028.
O projeto terá, segundo a Equinor, uma capacidade de enviar 16 milhões de metros cúbicos de gás padrão por dia (MSm³/d) ao mercado brasileiro, o que pode representar até 15% da demanda nacional. As reservas recuperáveis de óleo/condensado são superiores a 1 bilhão de boe (barris de óleo equivalente).
O empreendimento será operado pela Equinor (35%) em consórcio com Repsol Sinopec (35%) e Petrobras (30%). É um dos três grandes projetos para incrementar a oferta de gás novo ao mercado nacional, junto do Rota 3 (já ativo) e Sergipe-Alagoas, encabeçados pela Petrobras. A novidade, em Raia, é que o FPSO será capaz de tratar o óleo/condensado e escoar “gás pronto” para o mercado, reduzindo a dependência de unidades de tratamento em terra. A parte líquida (petróleo) será descarregada por meio de navios aliviadores.
“A conclusão da construção do trecho de águas rasas reforça a capacidade técnica do nosso time, que, tendo segurança como prioridade, seguirá agora para as fases restantes: as instalações do trecho terrestre e de águas profundas até o FPSO”, disse em nota o gerente do Gasoduto Raia, Pedro Veronesi.
