Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) desarticulou, entre domingo (28) e terça-feira (30), um acampamento de garimpo ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso. Com a participação de forças policiais, a operação “Garimpo do Cururu” coibiu a ação de criminosos ligados à facção CV (Comando Vermelho).
“A organização criminosa exerce o controle de diversas áreas dentro do território indígena com grupos fortemente armados, munidos de grande quantidade de armamentos de uso restrito”, ressaltou o Ibama, em nota, ao se referir à atuação do CV.
De acordo com órgão ambiental, a operação mobilizou um efetivo de 80 agentes policiais e do Ibama e seis helicópteros. Entre as forças policiais mobilizadas participaram a PF (Polícia Federal), a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, o Grupo Especial de Segurança de Fronteira, o Bope/MT (Batalhão de Operações Especiais) e a Polícia Civil do Estado de Goiás.
Saldo da operação:
- 42 motores estacionários apreendidos ou destruídos
- 18 motores geradores
- 14 depósitos subterrâneos (bunkers) com estoque de equipamentos e insumos diversos
- 13 motobombas
- 8 motocicletas
- 7 armas de fogo, incluindo um fuzil 5.56 mm e duas espingardas calibre 12
- 4 minas subterrâneas para exploração de ouro foram demolidas com explosivos
- 3 escavadeiras hidráulicas
- 3 motosserras
- 2 caminhonetes
- 1 quadriciclo
- Grande quantidade de explosivos
Confronto
Na operação, as equipes foram surpreendidas por disparos de fuzil efetuados, no domingo (28), por criminosos que atuavam na proteção de estruturas de garimpo e maquinários de extração mineral. O Ibama informou que, à medida que as equipes de segurança avançavam, foram recolhidas armas, munições, explosivos, dentre outros “materiais ilícitos”. Durante o confronto, dois suspeitos foram feridos e levados de helicópteros para a unidade de saúde.
O governo federal tem sido pressionado a buscar meios de coibir o garimpo ilegal de ouro por meio das ações de controle da mineração e comércio criminosos. A cobrança tem partido de órgãos como o TCU (Tribunal de Contas da União) e o STF (Supremo Tribunal Federal).








