Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A Petrobras informou nesta sexta-feira (29) que o advogado Marcelo Weick Pogliese foi eleito para o Conselho de Administração da estatal pelo colegiado, para mandato que deve se estender no mínimo até a próxima assembleia de acionistas, no primeiro semestre de 2026.
Pogliese vai ocupar uma das seis cadeiras de representante da União, deixada por Pietro Mendes, que foi para a diretoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). No entanto, a presidência do conselho da Petrobras, antes de Mendes, ficou para o conselheiro Bruno Moretti, conforme definido na semana passada. Moretti é secretário da Casa Civil e homem de confiança do ministro Rui Costa. Sua ascensão respeita um acordo de alternância com o MME (Ministério de Minas e Energia) para a a liderança do CA, costurado ainda no ano passado.
A indicação formal de Pogliese pelo MME foi comunicada ao mercado apenas dois dias atrás, mas fontes da empresa garantem que toda a sistemática de admissão foi cumprida, o que inclui os relatórios de governança e integridade, cuja preparação em outros casos já levou semanas. Teria facilitado, por exemplo, o fato de Pogliese já ter desempenhado a função de assessor especial da presidente da empresa, Magda Chambriard, tendo chegado com ela à estatal.
Atualmente, ele é secretário especial de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República — o que o situa bem entre os blocos de influência no colegiado da Petrobras — e professor efetivo da Universidade Federal da Paraíba. Uma fonte do CA o descreve como “unanimidade” no bloco de conselheiros do governo.
No passado, Pogliese já ocupou os cargos de procurador-geral de João Pessoa, procurador-geral do Estado da Paraíba e secretário chefe da Casa Civil da Paraíba.








