Ministro diz que Eletrobras tem colocado condições que impedem acordo com o governo

Geraldo Campos Jr., da Agência iNFRA

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (5) que a Eletrobras tem colocado condições na negociação sobre o aumento da participação do governo no Conselho de Administração da companhia que têm impedido o avanço do acordo.

“Achamos que um acordo é possível, mas a Eletrobras coloca condições que até agora impediram o avanço desse acordo. Ainda quero acreditar num bom senso para que a gente possa consensuar e dar um mínimo de participação do povo brasileiro no conselho da empresa”, disse em entrevista ao canal CNN Money.

O ministro criticou o fato da companhia, privatizada em 2022, ter colocado na mesa de negociação a sua fatia na Eletronuclear. A Eletrobras ainda tem 35% das ações ordinárias da companhia que administra o Complexo Nuclear de Angra dos Reis e é controlada pela ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional).

Questionado sobre esse tópico, Silveira afirmou que “a Eletrobras exacerba na negociação quando ela coloca essa condição para consensuar na junta de conciliação”.

Um pré-acordo chegou a ser estruturado entre o Ministério de Minas e Energia e a Eletrobras para que o governo assumisse a Eletronuclear. No entanto, o Ministério da Fazenda e o Palácio do Planalto rejeitaram qualquer hipótese de pagamento à empresa por essas ações.

Angra 3 na pauta
O ministro de Minas e Energia afirmou que a Eletrobras tenta passar a Eletronuclear para frente “porque sabe que o nosso caminho [do governo] é optar por concluir Angra 3”. Com isso, seria necessário um desembolso também da empresa, que os seus gestores mostram reticência em fazer.

Alexandre Silveira disse ainda que convocará até dezembro uma reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) para decidir sobre a conclusão das obras da usina nuclear.

“Temos uma obra existente, mas com mais de 50% paralisada. O governo anterior, sem a compreensão se iria ou não dar continuidade, adquiriu mais de R$ 3 bilhões em equipamentos que custam R$ 200 milhões por ano para serem mantidos. Quero levar ao CNPE até o final do ano uma proposta para que a gente estude a possibilidade real de retomar as obras”, afirmou.

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