Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA
Determinação do TCU (Tribunal de Contas da União) para Petrobras sobre a ECDG (Estratégia Comercial do Diesel e da Gasolina) não trará mudanças no atual modelo, disse Sergio Araujo, presidente da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Na visão da associação, o PPI (Preço de Paridade Internacional) ainda deveria ser considerado pela petroleira na formação dos preços. Isso porque “o Brasil tem déficit estrutural na produção dos principais combustíveis derivados do petróleo, e a alternativa para os clientes (distribuidoras) é a importação”.
A criação de uma norma interna com critérios objetivos tende a dar mais transparência e proteger gestores e o Conselho de Administração, avaliou a Abicom em nota. Contudo, não terá impacto no mercado, uma vez que o TCU não identificou nenhuma inconformidade na atual política.
O PPI foi extinto pela Petrobras em maio de 2023 com o intuito de “abrasileirar” os preços dos combustíveis. Desde a ocasião, poucos ajustes foram anunciados pela estatal. Atualmente, segundo cálculos da Abicom, os valores cobrados pela estatal para a gasolina e diesel estão defasados em média 5% e 7%, respectivamente, na comparação com o PPI.