Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
A oferta de cobre no mercado mundial é o “grande gargalo” da transição energética, na avaliação de Rodrigo Cabral Cota, diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do MME (Ministério de Minas e Energia).
Durante audiência pública no Senado para discutir a estratégia do Brasil para a produção de “minerais críticos”, o técnico do governo defendeu que o processo de descarbonização da economia, que passa pela substituição das fontes de energia fóssil, exigirá “muito mais cobre” até 2040 do que já foi minerado “em toda história humana”.
“Aumentar a oferta de cobre não é trivial”, disse o diretor do MME, ressaltando que é preciso não só encontrar depósitos economicamente, mas também ambientalmente viáveis. “Sem resolver o problema do cobre, todo resto da transição energética fica em risco”, acrescentou.
Cota prevê que, com a transição energética, o mercado mundial ainda vai ter “alta demanda” de minerais críticos, como manganês, lítio, grafite, níquel e cobalto.
O diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia Mineral do MME participou nesta terça-feira (1º) de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).