PLD oscila de R$ 61 a R$ 1,2 mil nesta segunda-feira devido à seca no Norte, diz ONS

Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA

O PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), referência para as liquidações de curto prazo no mercado livre de energia, saiu do piso de R$ 61,00 por MWh e atingiu R$ 1.248,00 por MWh às 18h desta segunda-feira (19), conforme dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a menor disponibilidade de recursos hidráulicos, especialmente na região Norte, e a necessidade de despacho de termelétricas para atendimento de carga, levaram à variação do CMO (Custo Marginal de Operação), que é utilizado como base para o cálculo do PLD.

“Em função deste cenário, e para atendimento ao horário de ponta, foi realizado despacho adicional, com o acionamento de parte do parque termelétrico”, disse o operador em resposta à Agência iNFRA.

Já nesta terça-feira (20), o valor máximo do PLD será de R$ 342 por MWh, conforme informa a CCEE, com piso de R$ 107 o MWh.

Nível de afluência
O último PMO (Programa Mensal de Operação) publicado pelo ONS para esta semana indica que as estimativas de ENA (Energia Natural Afluente) para o mês seguem abaixo da MLT (Média de Longo Termo) em todos os subsistemas, apesar de haver um aumento na estimativa para a região Sul.

O Sul do país deverá ter afluência de 73% da MLT, com avanço de 6 pontos percentuais do último PMO. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve ter 56% da MLT; o Norte, 49%; e o Nordeste, 43%.

Bandeira tarifária e PLD
A última disparada do PLD, segundo dados da CCEE, ocorreu em 28 de junho, quando o valor chegou a R$ 1.470,57 por MWh, também por elevação do CMO. À época, o ONS divulgou que o preço da água chegou a R$ 2.126 por MWh em todos os subsistemas.

No mesmo dia, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) definiu que o mês de julho teria bandeira tarifária amarela, depois de mais de dois anos sem cobrança adicional na conta de energia. A reguladora justificou o acionamento da bandeira com o aumento do PLD e o GSF (risco hidrológico).

“A bandeira amarela foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período. Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, informou em nota.

No entanto, a agência retirou a cobrança adicional para o mês de agosto, definindo a bandeira verde. Segundo o diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, o volume de chuvas na região Sul contribuiu para a definição da bandeira, apesar de a expectativa de menor volume de chuvas para julho ter se confirmado na maior parte do país.

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