25/06/2025 | 17h29  •  Atualização: 26/06/2025 | 19h11

Alcolumbre diz que Congresso sofre agressões desde derrubada de vetos da Lei das Eólicas Offshore e menciona ‘falso aumento da tarifa’ de energia

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Marisa Wanzeller e Geraldo Campos Jr., da Agência iNFRA

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que o Congresso Nacional vem sofrendo “agressões” desde a derrubada dos vetos da Lei das Eólicas Offshore na sessão realizada na última semana. Em um discurso duro lido durante a sessão desta quarta-feira (25), ele rechaçou que a decisão levará a um aumento nas contas de energia elétrica.

“Infelizmente, parte da imprensa brasileira, insuflada por alguns, está distorcendo desde o dia da sessão os fatos e divulgando números superestimados, com cenários alarmistas e absolutamente desconectados da realidade. O objetivo, lamentavelmente, parece ser um só: espalhar o pânico entre os consumidores, atribuindo ao Congresso brasileiro a responsabilidade por um falso aumento da tarifa”, disse.

Alcolumbre afirmou que a derrubada de vetos não trará aumento tarifário e que os itens estabelecidos na lei trazem modicidade tarifária ou têm custos bem diferentes dos que vêm sendo divulgados.

No caso da recontratação de usinas do Proinfa [Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica], ele citou que o “impacto líquido estimado é de R$ 15,9 milhões em 2025, não o que se alardeou na última semana de mais de R$ 500 bilhões”, uma vez que “o que está sendo proposto é uma prorrogação com contrapartidas claras”. Já em relação às PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), disse que a medida “garante segurança no sistema do país e traz modicidade tarifária”.

“Não aceitarei que atribuam ao Congresso Nacional uma responsabilidade que não existe. As decisões tomadas aqui foram técnicas, transparentes e voltadas ao interesse público. Não há aumento tarifário! Há sim compromisso com a modicidade tarifária, com o equilíbrio federativo, com a inovação e com o futuro do setor elétrico nacional”, disse.

“Chega de narrativas manipuladas, chega de terrorismo tarifário, chega de distorções feitas por quem quer manter privilégios e lucros excessivos às custas da verdade e da conta de luz do cidadão brasileiro”, continuou.

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