Sheyla Santos, da Agência iNFRA
A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) informou à Agência iNFRA que avalia processo sancionatório contra a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP).
De acordo com a ANAC, o terminal vem enfrentando problemas no processamento de cargas desde o fim do ano passado, porém a situação se agravou nas últimas semanas, com aumento de queixas por atrasos em recebimentos. Para dar início ao processo, a agência apura informações junto a agentes afetados, como empresas aéreas, agentes de carga, associações, entre outros.
Uma das entidades que têm colaborado, o Sindasp (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo) relatou, em ofício à ANAC e ao Ministério de Portos e Aeroportos, no último dia 24, uma série de problemas verificados nas operações do local.
Entre os problemas apontados estão o “abandono e deterioração das cargas”, “atrasos no desembaraço e intermitências nos sistemas” e “grandes filas para carregamento de mercadorias”. Leia a íntegra do ofício neste link.
Plano de ação imediato
Na última sexta-feira (1º), a agência estabeleceu em reunião com a GRU Airport e a Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos um plano de ação imediato com orientações para normalizar os serviços nos terminais de cargas.
À Agência iNFRA, a GRU Airport informou em nota, enviada na última segunda-feira (4), que as medidas ajustadas para a normalização dos serviços no terminal de cargas são essas: adição de dois novos recintos para armazenagem e entrega de cargas secas de importação; contratação adicional de 135 colaboradores integralmente focados na operação de cargas; disponibilização de área para triagem de cargas em trânsito; e operacionalização de novas áreas para a permanência de cargas dentro do complexo logístico.
A concessionária afirmou que “o aumento súbito e atípico do volume de carga aérea alocada nos armazéns do Terminal de Cargas de Guarulhos” é motivado por “desafios logísticos mundiais, como o fechamento de portos, conflitos globais e eventos climáticos extremos”.
Ainda segundo a companhia, esse cenário teria levado empresas que não são usuárias frequentes do transporte aéreo a optarem pelo modal aéreo.