14/07/2025 | 17h27  •  Atualização: 15/07/2025 | 11h55

Gasoduto do projeto Raia, da Equinor, recebe licença de instalação do Ibama

Foto: Tenaris/Divulgação

Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA

A petroleira norueguesa Equinor recebeu a licença do Ibama para o gasoduto do projeto Raia. O aval foi dado no sábado (12). Agora, a Equinor planeja o início da instalação da estrutura de 200 quilômetros que vai ligar o navio-plataforma (FPSO) instalado no bloco BM-C-33, na Bacia de Campos, ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé (RJ). O início da operação está previsto para 2028.

O projeto Raia terá, segundo a Equinor, uma capacidade de enviar 16 milhões de metros cúbicos de gás padrão por dia (MSm³/d) ao mercado brasileiro, o que pode representar até 15% da demanda nacional. As reservas recuperáveis de óleo/condensado são superiores a 1 bilhão de boe (barris de óleo equivalente).

Raia será operado pela Equinor (35%) em consórcio com Repsol Sinopec (35%) e Petrobras (30%). É um dos três grandes projetos para incrementar a oferta de gás novo ao mercado nacional, junto do Rota 3 (já ativo) e Sergipe-Alagoas, encabeçados pela Petrobras. A novidade, em Raia, é que o FPSO será capaz de tratar o óleo/condensado e especificar o gás produzido. Isso significa escoar “gás pronto” para o mercado e reduzir a dependência de unidades de tratamento em terra. A parte líquida (petróleo) será descarregada por meio de navios aliviadores.

A Equinor destacou, em nota, o efeito de demanda do projeto na indústria nacional de aço. “Em março de 2024 foram cortadas as primeiras placas de aço que serão usadas no FPSO no estaleiro SeatriumFELS, em Angra dos Reis. Em Pindamonhangaba, em São Paulo, também foram fabricados os tubos para o gasoduto. Cerca de 20 mil toneladas de aço foram utilizadas, com mais de 99% sendo produzido por empresas brasileiras”, informou.

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