04/06/2025 | 12h03  •  Atualização: 05/06/2025 | 10h19

Medidas para atender sistema elétrico em 2025 com adiamento do leilão de potência terão custos, diz secretário

Geraldo Campos Jr., da Agência iNFRA

O secretário de Energia Elétrica do MME (Ministério de Minas e Energia), Gentil Nogueira, afirmou nesta quarta-feira (4) que do ponto de vista estrutural, o sistema elétrico tem condições de atender o suprimento do período seco de 2025 mesmo com o adiamento do LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade). No entanto, para isso é necessário “tomar algumas decisões difíceis que geram custos”, disse.

O secretário disse que “há um conjunto de ações na mesa para garantir o suprimento”. Dentre elas: 1) novas rodadas do mecanismo de resposta da demanda; 2) a possibilidade de que usinas não contratadas, mas que estão conectadas no sistema, possam declarar um CVU (Custo Variável Unitário) diferenciado para operação e oferta entre 2 e 3 GW de potência na ponta; e 3) a antecipação de cerca de 2,5 GW contratados no LRCAP 2021.

Produto 2025
Segundo o secretário, a pasta pediu ao ONS uma avaliação sobre os riscos da não realização do leilão. “Possivelmente, haverá produto 2026 para o leilão, mas, certamente, não haverá o produto 2025″, afirmou.

A expectativa é que na próxima semana o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apresente novas medidas ao CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) para estudo. Entre as possibilidades já aventadas está o retorno do horário de verão e a implantação de tarifas horárias para reduzir a demanda na ponta, incluída na MP (Medida Provisória) 1.300/2025, que trata da reforma do setor elétrico.

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