25/06/2025 | 14h25  •  Atualização: 26/06/2025 | 10h19

“Ninguém vai me dizer para não explorar petróleo na Margem Equatorial”, diz Lula em momento chave para a Petrobras na região

Gabriel Vasconcelos e Geraldo Campos Jr., da Agência iNFRA

O presidente Lula voltou a defender publicamente a exploração de petróleo na Margem Equatorial nesta quarta-feira (25), em cerimônia com empresários após a reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) que elevou o mandato do biodiesel e etanol anidro para 15% e 30%, respectivamente, no diesel e na gasolina vendidos nas bombas. A fala de Lula vem em momento chave do processo de licenciamento ambiental da campanha de perfuração de um poço exploratório da Petrobras no litoral do Amapá, na Bacia da Foz do Amazonas, uma das cinco que formam a Margem Equatorial.  

“Ninguém vai me dizer ‘não vai explorar petróleo na Margem Equatorial’. A gente vai tratar com muita seriedade. A gente quer pesquisar, quer ver se tem [petróleo]. E, se tem, vamos tratar. Porque será o uso do petróleo que vai garantir o financiamento para esse país e o mundo fazerem a transição ecológica definitivamente e abrir mão do combustível fóssil”, disse Lula.

O presidente disse à plateia formada por empresários do setor de combustíveis e biocombustíveis que, no contexto da transição energética, eles são “parceiros fundamentais” para o Brasil entrar de cabeça erguida na COP30. Nos bastidores, fala-se que a posição majoritária, dentro do governo, de explorar a Margem Equatorial deve ser alvo de forte questionamento na convenção da ONU sobre Mudança do Clima, que acontecerá em outubro em Belém (PA).

No palco, ao lado de ministros de estado e quadros do MME (Ministério de Minas e Energia), estava a diretora de assuntos corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, uma das principais responsáveis pelo acompanhamento do processo de licenciamento ambiental da campanha de perfuração da Petrobras no Amapá.

A sonda de perfuração afretada pela Petrobras com essa finalidade está em trânsito para a região, onde vai participar de um simulado de emergência verificado pela autarquia ambiental, a chamada APO (Avaliação Pré-Operacional). Trata-se da última etapa antes da decisão final do Ibama sobre a concessão da licença. O equipamento, informou a Petrobras ao Ibama, deve chegar ao local da perfuração no dia 30 de junho. A Petrobras pleiteia realizar a APO em 14 de julho, data que foi confirmada pelo presidente do Ibama em entrevista à Agência iNFRA.

Foto: Ricardo Botelho/MME

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