Primeiro leilão portuário de 2025 tem quatro terminais arrematados, com forte disputa por áreas no Porto de Paranaguá

Gabriela Vilaça, para a Agência iNFRA

O primeiro leilão de terminais portuários do ano teve os quatro terminais ofertados licitados (PAR14, PAR15, PAR25 e RDJ11). As áreas PAR14, PAR15 e PAR25, localizadas no Porto de Paranaguá (PR), foram bastante disputadas no viva-voz. Os terminais são voltados à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais, como soja e milho, e somam mais de R$ 2 bilhões em investimentos e aportes ao longo de 35 anos de contrato. Realizado nesta quarta-feira (30), na B3, em São Paulo, venciam os grupos que oferecessem o maior valor de outorga.

A área PAR15 foi a mais disputada, com longo viva-voz que totalizou 58 lances, e teve como vencedora a empresa Cargill Brasil Participações, com outorga de R$ 411 milhões. A área PAR14 também teve disputado viva-voz, com 26 lances. A vencedora foi a BTG Pactual Commodities, com oferta de R$ 225 milhões de outorga. A PAR25 somou 21 lances – venceu o Consórcio ALDC, composto pelas empresas Louis Dreyfus Company e Amaggi, com R$ 219 milhões de outorga.

Já a área RDJ11, no Porto do Rio de Janeiro (RJ), foi ofertada com modelo simplificado de contrato e duração de 10 anos. Houve um único proponente, o Consórcio Porto do Rio de Janeiro, composto pela Triunfo Logística e Sul Real GMBL, com outorga ofertada de R$ 2,1 milhões. O terminal é destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral, com previsão de investimentos diretos da ordem de R$ 6,8 milhões.

Estava previsto, ainda, o leilão de um terminal de granéis sólidos e carga geral em Porto Alegre, o POA26, mas a concorrência foi suspensa. A área, voltada à operação de granéis sólidos, tinha investimentos estimados em R$ 21,1 milhões. Entretanto, o MPor (Ministério de Portos e Aeroportos) identificou a necessidade de realizar ajustes no edital referente à concessão.

Canal de Paranaguá
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá deve ser realizado em agosto deste ano. Ao longo deste ano, o MPor pretende leiloar ainda pelo menos 20 unidades portuárias. Até o final de 2026, são previstos 42 leilões, totalizando R$ 22,6 bilhões em investimentos.

“Avançamos no primeiro leilão de canal de acesso da história do Brasil, o Canal de Paranaguá. Esperamos que em agosto possamos fazer esse leilão, que será um marco para o país. Depois desse leilão, esperamos avançar também com o canal do Porto de Itajaí, do Porto de Santos, do Porto da Bahia e do Rio Grande. Isso é uma política nova que vai trazer previsibilidade ao setor produtivo brasileiro”, comentou o ministro, após o leilão portuário de hoje (30) na sede da B3.

O TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou o processo de desestatização na última semana de abril. A concessão prevê, em sua fase inicial, o aprofundamento do canal para 13,3 metros. Com os investimentos previstos, o porto poderá receber embarcações de maior porte, ampliando sua capacidade operacional e aumentando a competitividade do terminal.

Presente no leilão, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), comentou sobre a importância do porto. “Passamos a ser o único porto público do Brasil a ter todas as áreas regulamentadas, com contratos assinados com seus prestadores de serviços. Em breve, teremos o nosso Moegão, que será inaugurado em dezembro, colocando o Porto de Paranaguá em um equilíbrio modal – em que 50% das cargas chegarão por trem e 50% por rodovias – modificando toda uma lógica modal que existe no Brasil, predominantemente rodoviária”, disse.

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