da Agência iNFRA
A CCR S.A. venceu, nesta quarta-feira (30), o leilão da concessão rodoviária da Rota Sorocabana, realizado pelo governo de São Paulo com proposta de maior outorga, no valor de R$ 1,6 bilhão. A outorga mínima era de R$ 597,5 mil. A empresa já opera parte dessa concessão, que é derivada do contrato da ViaOeste, que está em fase de encerramento.
A concessionária conquistou a gestão do trecho após disputa acirrada com outras grandes empresas do setor: EcoRodovias, EPR e Infra BR. O contrato, válido por 30 anos, prevê investimento de R$ 8,8 bilhões para expansão, operação e manutenção da infraestrutura da malha, que conta com trechos anteriormente administrados pela ViaOeste e pelo DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo).
O trecho concedido tem 460 quilômetros e conecta a região metropolitana ao sudoeste do estado de São Paulo. Em seu discurso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que com o pagamento da outorga ficam garantidos recursos para a construção de quatro novos contornos da rodovia, que estão previstos no contrato como investimentos contingentes.
Outra parte do recurso será depositada em uma conta para ficar como garantia para que as concessionárias possam trocar todas as praças de pedágio por free flow no estado de São Paulo. E cerca de 20% vão para o tesouro do estado.
O governador anunciou que para 2025 já estão confirmados leilões de duas concessões de ferrovias (as linhas 11, 12 e 13 da CPTM e o TIC Sorocaba), e outras três concessões rodoviárias, a Rota Paranapanema, a Rota Mogiana e o Circuito das Águas. Segundo ele, também será feito o leilão do Túnel Santos-Guarujá.
Este projeto é feito em parceria com o governo federal e segundo o secretário de Parcerias do Governo de São Paulo, Rafael Benini, um projeto reformulado foi enviado ao Ministério de Portos e Aeroportos para que seja apresentado ao Tribunal de Contas nos próximos dias.
Em comunicado de imprensa, o Grupo CCR informou que o “resultado do certame reforça a presença e a liderança do Grupo CCR em São Paulo, região onde a Companhia tem ampla experiência na gestão de concessões rodoviárias”, e estimou que serão criados 24 mil empregos diretos e 11 mil indiretos, além de 37 mil postos de trabalho pelo efeito de geração de renda.
“Reforçamos a nossa liderança em uma região onde já administramos algumas das principais rodovias, temos um grande conhecimento do dinamismo do mercado e onde gostamos de operar”, afirma o presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo.
O próximo leilão de rodovias estaduais acontece no fim de novembro, com o projeto da Nova Raposo. Segundo o secretário Benini, a expectativa é que haja entre três a quatro empresas na disputa, mas não deve haver um ágio tão elevado.