Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA
A diretoria colegiada da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) rejeitou nesta segunda-feira (8) o recurso da Refit (Refinaria de Manguinhos) que pedia suspeição e impedimento dos diretores Pietro Mendes e Symone Araújo nos processos relativos à empresa.
Durante a reunião, os diretores da agência trocaram farpas. O colegiado se dividiu inicialmente no processo do caso Refit, com Pietro, Symone, mais o diretor-geral, Artur Watt, de um lado, e os diretores Daniel Maia e Fernando Moura, de outro, ao pedirem vista anteriormente sobre o processo.
O colegiado já tinha os votos necessários (2) para indeferir o pedido da refinaria antes dessa reunião. O diretor-geral já havia votado contra, assim como os próprios arguidos, que puderam votar um no processo do outro. Nesta segunda, votaram os diretores Fernando Moura e Daniel Maia.
Apesar de votar contra o impedimento, Maia criticou o processo de fiscalização promovido na agência contra a Refit. Em resposta, Artur Watt, disse entender que o diretor Daniel Maia fez uma auditoria “indevida” no processo enquanto ele estava sobrestado sob pedido de vista, já que processo em deliberação trata da suspeição de dois diretores e não do mérito da fiscalização e interdição da Refit, do empresário Ricardo Magro.
O diretor Pietro Mendes também se manifestou dizendo estar “perplexo” com a manifestação de Daniel Maia e alegou que houve uma “tentativa de construção jurídica completamente absurda”.
“O senhor não tem competência para fazer o que está fazendo e da forma que está fazendo”, disse Pietro a Maia. “Não é assim que funciona uma agência reguladora. Eu pensei que o senhor, pelo tempo que está aqui, tivesse aprendido, mas pelo jeito não”, complementou.








