Gabriel Tabatcheik, para a Agência iNFRA
O CEO da Santos Brasil, Antônio Carlos Sepúlveda, comentou sobre o futuro processo de licitação do terminal de contêineres STS10, localizado na região Saboó, na margem direita do Porto de Santos (SP), ao responder perguntas durante a teleconferência para apresentação dos resultados financeiros do 2º trimestre de 2022 da empresa. A apresentação foi realizada na última quinta-feira (11).
Sepúlveda revelou que “o feedback que estamos recebendo do poder concedente é que as contribuições da audiência pública foram muito ricas e que possivelmente haverá alterações na proposta de edital”. Porém, disse que “ainda é cedo” para a empresa posicionar-se a respeito do certame licitatório.
A Santos Brasil é um dos três grandes terminais de contêineres que operam em Santos, juntamente com a BTP e a DPW. De acordo com ele, pela proposta original, não há restrições à participação da Santos Brasil. “Mas é um edital que ainda está sendo muito discutido”.
O PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) qualificou o projeto de licitação do STS10 na Resolução CPPI 172/2021, que originou o Decreto 10.743/2021. O futuro terminal compreenderá áreas da região do Saboó e a expectativa é de que sua área total chegue a 600 mil metros quadrados. O investimento previsto é estimado em R$ 3,29 bilhões.
SPA
Na avaliação de Sepúlveda, as atenções estão mais voltadas para o projeto de licitação da SPA (Santos Port Authority). O executivo qualificou a iniciativa como “muito importante”.
“O porto de Santos é um porto hoje de 250 milhões de toneladas, a expansão para outras cargas agora é muito mais complexa. Eu acho que o privado vai dar uma velocidade diferente, vai conseguir aproveitar ao máximo esse final de capacidade que o porto tem a oferecer. E eu acho que a comunidade hoje está muito mais debruçada nisso do que qualquer outro projeto”, avaliou.
Santos Brasil
Quanto aos resultados apresentados, a Santos Brasil demonstrou um aumento de 32% na receita líquida, comparando o segundo trimestre de 2022 com o mesmo período do ano passado. Foram movimentados R$ 500,9 milhões ante R$ 379,5 milhões do ano anterior.
O lucro subiu 69,3%, passando de R$ 60,5 milhões para R$ 102,4 milhões, também referente ao mesmo recorte temporal. Acesse a apresentação completa neste link.