Fertilizantes e petroquímica vão fomentar oferta de gás, diz presidente da Petrobras

Fernanda Nunes, para a Agência iNFRA

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tomou posse nesta quarta-feira (19) com a promessa de priorizar o aumento da disponibilidade de gás natural para o mercado e o consumo nos setores petroquímico e de fertilizantes. Em sua opinião, o gás é “o combustível da transição por excelência”.

Ela argumenta que, ao priorizar os segmentos petroquímico e de fertilizantes, além de lubrificantes, a Petrobras agrega valor ao gás natural, atualmente consumido, principalmente, na geração de eletricidade e como matéria-prima pela indústria. Atualmente, o país depende da importação do produto para atender toda demanda interna.

Alvo de críticas e investigação pelo TCU (Tribunal de Contas da União), o plano de formação de uma parceria com a Unigel para utilizar o gás na produção de fertilizantes está parado.

“É importante dizer que nossa retomada do setor de fertilizantes tem uma razão: os fertilizantes são uma boa oportunidade para ampliar significativamente o nosso mercado de gás. O gás natural é o insumo com maior impacto no preço dos fertilizantes”, afirmou Chambriard.

Em seu discurso, ela complementou ainda que a retomada ao setor de fertilizantes tem “razão cristalina” e que esse segmento é “uma boa oportunidade”.

A presença da Petrobras na área petroquímica também é motivo de questionamentos. A empresa é sócia da Novonor na Braskem e avalia um possível aumento de participação na empresa petroquímica. Com esse movimento, a estatal reverte a política do governo de Jair Bolsonaro, de concentrar suas atividades na exploração e produção de óleo e gás no pré-sal.

Lula presente
Segundo Chambriard, Lula disse a ela, na ocasião do convite para presidir a Petrobras: “Não quero confusão nessa empresa”. Ela disse ter recebido a missão de movimentar a estatal, que teria o benefício de impulsionar o PIB (Produto Interno Bruto) do país.

A posse foi marcada por presenças de peso do governo federal, inclusive do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde 2005, ele não participava de uma cerimônia de posse de mudança da linha de frente da estatal.

Perfil técnico
Na coletiva de imprensa que realizou assim que teve o nome aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras, em maio, Chambriard reforçou o seu perfil técnico, com ênfase na exploração e produção de óleo e gás, descoberta de novas reservas, como na margem equatorial, e preferência por aquisições de bens e serviços na indústria nacional.

A engenheira esteve à frente da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), de 2012 a 2016, no governo de Dilma Rousseff. Em seguida, atuou como pesquisadora da FGV (Fundação Getulio Vargas) e como assessora fiscal da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Além de Lula e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sua posse foi prestigiada pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; pelo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante; e pelo diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia.

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