Câmara dos Deputados aprova PL das Concessões e PPPs com alterações e matéria volta ao Senado

Sheyla Santos, da Agência iNFRA

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (7), em plenário, o PL (Projeto de Lei) 7.063/2017, que reformula leis de concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas), alterando a Lei 11.079/2004 com vistas a reduzir o valor mínimo dos contratos de PPPs. A matéria retorna ao Senado Federal. 

Conforme noticiado em alerta da Agência iNFRA, horas antes da votação, o parecer apresentado pelo relator retirou os dispositivos que tratam da modalidade de concessões por adesão e a possibilidade de utilização de diversos fundos constitucionais como garantias para PPPs. Leia aqui o parecer aprovado.

O projeto recebeu, ao todo, quatro emendas. O parecer apresentado por Jardim foi favorável à emenda 1, do deputado João Maia (PP-RN), que suprime os dispositivos sobre debêntures de infraestrutura, e rejeitou as demais emendas.

O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ), cujo partido foi contrário à proposta, apresentou um destaque e apontou comprometimento de receitas de municípios. O destaque foi rejeitado e o texto foi mantido.

Retirada de garantias
Conforme noticiado no boletim da Agência iNFRA de quarta-feira (7), o uso de fundos constitucionais para áreas essenciais – como saúde e educação – como garantia para as PPPs vinha sendo alvo de resistência por parte da bancada do PT (Partido dos Trabalhadores). 

O antigo parecer determinava a utilização de recursos de fundos públicos como garantia ou fonte de contraprestações aos projetos de PPPs. A proposta previa os seguintes fundos: FNS (Fundo Nacional da Saúde) e fundos estaduais e municipais de saúde;  Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação); Funpen (Fundo Penitenciário Nacional); Funapol (Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal); e FNDR (Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional).

Além das garantias, a modalidade de contrato por adesão também não foi bem recebida, tendo sido questionada por demais parlamentares. “Eu retirei esses fundos e retirei os contratos de adesão”, disse o relator antes da votação. “É melhor tirar do que poluir o projeto, porque eu acho que está bem redondo [o parecer]”, avaliou.

Alterações legislativas
O parecer aprovado destaca como alterações legislativas importantes os seguintes pontos de aperfeiçoamento:

  • previsão expressa para compartilhamento de riscos em concessões comuns;
  • concessão multimodal;
  • possibilidade de receitas acessórias serem auferidas parcial ou integralmente pela concessionária;
  • novos critérios de julgamento para as licitações;
  • autorização para realização de aporte de recursos pela administração pública em concessões comuns;
  • novas medidas para facilitar a transferência da concessão ou do controle acionário;
  • acordo tripartite a ser celebrado entre poder concedente, financiadores e concessionária;
  • aprimoramento das regras sobre intervenção na concessão;
  • e extinção da concessão por relicitação ou acordo entre as partes.

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